Este belo conto faz parte das Histórias da Tradição Sufi.
Num reino muito distante, havia um rei famoso por suas fantasias meio excêntricas. Um dia ele mandou anunciar que daria a maior e mais bela festa de seu reino. Toda a corte e todos os amigos do rei foram convidados.
No dia da festa, o palácio era só esplendor. Todos admiravam fascinados as apresentações dos dançarinos e os divertimentos mais refinados.
Entretanto, não havia comida em parte alguma e com o passar do tempo, a fome foi crescendo. Mas ninguém ousava reclamar diante do rei.
As apresentações continuaram por horas e horas. Finalmente, quando a situação tornou-se insuportável, o rei levou seus hóspedes para uma sala especial, onde uma refeição os aguardava.
As apresentações continuaram por horas e horas. Finalmente, quando a situação tornou-se insuportável, o rei levou seus hóspedes para uma sala especial, onde uma refeição os aguardava.
Todos correram em direção a um delicioso aroma de sopa que estava num enorme caldeirão no centro da mesa. Eles queriam servir-se, mas não havia nenhum prato, nem tigela, somente enormes colheres de metal, de mais de um metro de comprimento.
Os cabos não permitiam que o braço levasse a sopa à boca, porque não se podia segurar as escaldantes colheres a não ser por uma pequena haste de madeira na extremidade.
Desesperados, todos tentavam sem resultado. Até que um dos convidados encontrou a solução: segurando a colher pela haste em sua extremidade, levou-a à boca de seu vizinho, que pôde comer à vontade.
Todos o imitaram e se saciaram, compreendendo enfim que a única forma de alimentar-se naquele palácio, era servindo um ao outro.