As Longas Colheres - Histórias Que Curam


Este  belo conto faz parte das Histórias da Tradição Sufi.

Num reino muito distante, havia um rei famoso por suas fantasias meio excêntricas. Um dia ele mandou anunciar que daria a maior e mais bela festa de seu reino. Toda a corte e todos os amigos do rei foram convidados.

No dia da festa, o palácio era só esplendor.  Todos admiravam fascinados as apresentações dos dançarinos e os divertimentos mais refinados.

Entretanto, não havia comida em parte alguma e com o passar do tempo, a fome foi crescendo. Mas ninguém ousava reclamar diante do rei.

As apresentações continuaram por horas e horas. Finalmente, quando a situação tornou-se insuportável, o rei levou seus hóspedes para uma sala especial, onde uma refeição os aguardava.

Todos correram em direção a um delicioso aroma de sopa que estava num enorme caldeirão no centro da mesa.  Eles queriam servir-se, mas não havia nenhum prato, nem tigela, somente enormes colheres de metal, de mais de um metro de comprimento.

Os cabos não permitiam que o braço levasse a sopa à boca, porque não se podia segurar as escaldantes colheres a não ser por uma pequena haste de madeira na extremidade.

Desesperados, todos tentavam  sem resultado. Até que um dos convidados encontrou a solução: segurando a colher pela haste em sua extremidade, levou-a à boca de seu vizinho, que pôde comer à vontade.

Todos o imitaram e se saciaram, compreendendo enfim que a única forma de alimentar-se naquele palácio, era servindo um ao outro.


Correndo com Lobos - Capítulo 6 - O Patinho Feio - A Busca da Nossa Turma


A tarefa principal deste conto cujo tema básico é o exílio (da alma), é o encontro de nossa turma (nossa família de alma), que na maioria dos casos não será a nossa família de origem.

Neste capítulo ela destaca a natureza de persistência e continuidade da alma na busca de condições propícias para viver e vicejar.

Destaca também a importância da Mãe interna saudável. E o que seria isso? É a capacidade que desenvolvemos de aceitar nossa beleza singular, de acalentar e acolher nossos sentimentos, sonhos e desejos, e principalmente a capacidade de sustentar com firmeza nossas qualidades únicas, nossa radical diferença.

Ela destaca no livro que não importa o quão difícil tenha sido nossa infância ou adolescência, mesmo que tenhamos tido uma mãe terrível, podemos não apenas sobreviver, mas vicejar.

Porque a vida também nos oferece as mães de alma. Mulheres sábias que encontramos ao longo de nosso caminho e que nos ensinam uma outra forma de percebermos a nós mesmas e ao mundo. 

Falamos também da alegria e da vitalidade que surgem quando finalmente encontramos nossa turma, ou seja quando encontramos a aceitação de nossa natureza, e também quando encontramos pessoas que a reconhecem. 


Iniciamos com as Atividades de Consciência Corporal, onde realizamos várias práticas integrativas e uma oportunidade de rever nossa história, os pontos em comum e nos apropriarmos das qualidades únicas de cada uma.

E com todos esses cisnes surgindo, nada melhor do que celebrar o encontro e a união do grupo através de uma Dança Circular!


Depois expressamos nossas imagens interiores através do desenho e pintura. Cada uma transformou sua história numa mandala. Vejam os lindos trabalhos aqui.

Foi um encontro alegre e revigorante. Foi muito bom estar com vocês!

No mês que vem tem mais... Vamos entrar no Sétimo Capítulo: O Corpo Jubiloso.



A Alma da Casa

A Alma da Casa
Jane Alexander
Ed. Bertrand Brasil

Eu sinto a casa como algo vivo e gosto muito de harmonizar os ambientes. É nosso refúgio e merece todo cuidado. 

Neste livro maravilhoso, a autora nos ensina a tratar e curar as energias da casa, de forma que fique sadia e luminosa, através de atitudes simples que podemos ter no cotidiano.

Ela nos apresenta à psicologia da casa e dos ambientes, de forma interessante e envolvente. 

Fala também sobre Héstia, a antiga Deusa grega do Coração do Lar, cuja energia foi esquecida nos dias de hoje, mostrando como podemos nos conectar novamente.

Traz os fundamentos e curas do Feng Shui de forma bem didática, mas também nos ensina a utilizar as cores, os aromas, cristais, plantas e outros recursos de forma terapêutica para a casa e para os que nela vivem.

Tem capítulos específicos para cada ambiente e mostra como tratar de questões com a saúde, prosperidade, amor, purificação, harmonia...

Um livro que fala de transformação. Com uma abordagem psicológica que adorei.

Uma leitura fundamental para quem busca o cuidado amoroso com a existência, afinal, a casa é uma extensão de nosso corpo...

Recomendo!

P.S. Está esgotado mas é bem fácil de encontrar em sebos. Encontrei o meu aqui.




A Menopausa Coloca Sua Vida No Microscópio

Foto Pinterest

É comum ouvirmos que a menopausa gera crises nos relacionamentos, carreira e etc., o que parece muito assustador para algumas mulheres, principalmente para as que têm a ilusão de estar no controle de suas vidas.

Na meia idade, nosso cérebro passa por transformações tão radicais quanto as que vivemos na adolescência. Isso começa alguns anos antes da última menstruação e muda completamente a forma como nos vemos e como vemos o mundo!

O véu dos hormônios se levanta e revela uma sabedoria que estava oculta, há uma quantidade de energia psíquica disponível como nunca antes. 

Começamos a olhar cada aspecto de nossas vidas de forma muito atenta e diferente, como se a vida tivesse sido colocada num microscópio e tivéssemos acesso a detalhes e sutilezas que antes passavam despercebidas.

Percebemos crenças limitadoras e destrutivas que nos afastaram do que nossa alma nos pedia, e o quanto nos ferimos desnecessariamente.

Apesar de ser difícil encarar esses fatos, neste momento descobrimos também que temos dentro de nós tudo o que precisamos para nos reinventar de forma mais saudável e amorosa, para vivermos de forma alegre e realizada a segunda metade de nossas vidas.


Para conseguirmos, é fundamental primeiro: assumir total responsabilidade por nossas vidas. Sair do papel de vítimas, das lamentações do tipo "olha o que ele/ela/a vida fez comigo...". Essa atitude não vai mudar nada e agora temos muita consciência de que não temos tempo a perder.

Segundo: abandonar o "E se..." 
"E se eu tivesse estudado mais...", 
"E se eu tivesse ficado com fulano...", 
"E se eu tivesse tido filhos..." ou "E se eu não tivesse tido filhos..."
"E se eu tivesse aceitado aquele emprego..."

Precisamos fazer o luto e desapegar das coisas que ficaram para trás, para descobrirmos as possibilidades de realização que ainda temos pela frente.

Ao soltarmos o fardo de culpa, raiva, mágoa, podemos resgatar partes lindas de nós que ficaram esquecidas. Principalmente nossa criatividade, vitalidade, curiosidade e alegria.


Podemos nos dar a chance de aprender coisas novas sem medo de errar e sem ter de provar nada para ninguém. Somente pelo prazer de brincar!

Podemos nos relacionar de forma mais leve e sem cobranças. 

E principalmente, podemos nos dedicar a fazer algo que faça diferença no mundo e apoiar uma causa nobre.

Não importa o que esteja acontecendo na sua vida agora, conecte-se com seu coração e ouça o que ele te diz. Olhe para você e cuide do que necessita cuidado. Dê um lugar de descanso para o passado.

E faça como milhares de mulheres ao redor do mundo que estão transformando suas vidas e sua cultura, vivendo a sabedoria da menopausa e além....

Vamos juntas?



O Jovem Gandhi e o Professor Arrogante - Histórias Que Curam


Quando jovem, Gandhi foi cursar Direito na Universidade de Londres. Foi um período difícil, pois um professor chamado Peters não o aceitava pelo fato dele ser indiano.

Na época a Índia era colônia britânica. Muitos ingleses viam os indianos como seres inferiores. Mas Gandhi não se intimidava com o preconceito.

Um dia o professor estava almoçando no refeitório e sentaram-se juntos. O professor disse:

- Sr. Gandhi, você sabia que um porco e um pássaro não comem juntos? 

E o jovem Gandhi imediatamente respondeu: 

- Ok, professor. Já estou voando para outra mesa. 

O professor, muito aborrecido, resolveu vingar-se nas provas orais, mas Gandhi respondeu brilhantemente a todas as perguntas. Então o professor perguntou:

- Sr. Gandhi, imagine que está andando por uma rua e encontra uma bolsa. Dentro dela estão a Sabedoria e um pacote com muito dinheiro. Com qual deles ficaria?

- Claro que com o dinheiro, professor.

- Sr. Gandhi, pois eu em seu lugar ficaria com a Sabedoria.

- Tem razão professor, cada um ficaria com o que não tem!

O professor, furioso, escreveu "idiota" na prova e lhe entregou.

Gandhi recebeu a prova, leu, voltou à mesa do professor e disse: 

- Professor, o senhor assinou a prova, mas não deu a nota!

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Que jovem espirituoso, não é? 

Muitas pessoas confundem ser boa ou pacífica com suportar humilhações e "engolir sapos".
Mas o que Gandhi nos ensinou com sua história?

Semeie  a Paz, mas seja firme com quem te despreza ou diante de alguém que quer lhe fazer mal. Ser gentil não significa tolerar desrespeito nem maldade.

Podemos nos fazer respeitar de forma elegante, porém firme.

Pare para refletir: Como você reage diante de situações como essa?